ESPALHADORES DE LIVROS

ESPALHADORES DE LIVROS
Nos anos 30 do século XX, no contexto do New Deal do Presidente Franklin D. Roosevelt, com a finalidade de levar livros às zonas isoladas onde havia poucas escolas e nenhuma biblioteca, foi criado o Projeto da Biblioteca a Cavalo.
No alto das montanhas do Kentucky os caminhos geralmente eram simples leitos de riachos ou trilhas acidentadas. A cavalo ou de mula, as bibliotecárias – conhecidas entre os apaches como as “Senhoras dos livros” – percorriam a mesma árdua rota, a cada duas semanas, carregadas de livros, independentemente do tempo. Ganhavam muito pouco, mas sentiam-se orgulhosas de seu trabalho: levar o mundo exterior ao povo apache e, em muitas ocasiões, converter num leitor alguém que nunca antes tinha visto utilidade na palavra escrita. Para demonstrar sua gratidão pelo que recebiam, as famílias moradoras dessas regiões isoladas retribuiam com o pouco que tinham: legumes das hortas, flores ou frutos silvestres e até receitas de família, transmitidas de geração em geração.
Numa época em que se acreditava que “lugar de mulher” era “dentro de casa”, geralmente eram as mulheres que desempenhavam esse incansável trabalho, revelando uma resistência e uma dedicação extraordinárias.
Inspirada nessa história real, Heather Henson escreveu o livro La señora de los libros (Barcelona: Editorial Juventud, 2010), do qual foi retirado o trecho abaixo:
(Traduzido e adaptado)
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Descobri essa história através de um projeto português intutulado “Clube de Contadores de Histórias”, cujos integrantes selecionam, preparam e enviam aos interessados, por e-mail, uma história por semana. Ana, integrante da equipe coordenadora, gentilmente permitiu-me adaptar aqui o texto que utilizei. Mais que isso: como uma autêntica “Senhora dos livros”, disse-me assim: “Quanto mais pessoas tiverem acesso às histórias, melhor”. Para entrar em contato com ela clique aqui.
No Kentucky, os leitos de riachos e as trilhas acabaram se transformando em estradas. Os cavalos e as mulas deram lugar às bibliotecas ambulantes dos dias de hoje como em tantos outros lugares do mundo. Dedicadas à sua tarefa, outras “Senhoras dos livros”, como a Ana, de Portugal, continuam a levar livros e histórias aos interessados.
No Brasil, entre os projetos interessantes que conheço está o da “Freguesia do Livro”, um movimento lítero-libertário que dá nova vida aos livros que estão esquecidos em prateleiras e bibliotecas.
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As integrantes da “Freguesia” recolhem os livros que lhes são doados – em bom estado de conservação – e os selecionam, classificam e encaminham para pontos de leitura e bibliotecas comunitárias em Curitiba, região metropolitana e locais que conseguem alcançar.
Para saber mais sobre esse projeto, sobre quem pode participar e como fazê-lo, sobre como doar livros, quais livros doar e até sobre como iniciar uma biblioteca comunitária ou um ponto de leitura, clique aqui.

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As bibliotecas ligadas à Freguesia do Livro têm o conceito do empréstimo sem formalidades: “o livro vai, se voltar, voltou. O importante é que depois de lido ele continue circulando”, explicam as idealizadoras do projeto. E continuam: “Ter um ponto de leitura não dá trabalho, não há custo, apenas benefício. Levamos os livros e eles estão livres para serem lidos pelos leitores que por eles se interessarem. Sem tempo de devolução, sem cobrança, sem multa. Se os livros acabam, levamos mais”.
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As três amigas que fazem a “Freguesia”
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Jô Bibas (à esquerda na foto), uma das três amigas voluntárias que fazem a “Freguesia” – mães, donas de casa, artesãs e espalhadoras de livros – com a mesma generosidade das “Senhoras dos livros” do passado, escreveu-me assim: “Essa ideia é tão simples e muito fácil de ser replicada em qualquer lugar”.
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Beijo&Carinho,
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29 thoughts on “ESPALHADORES DE LIVROS”

  • Ju,
    amei a história, não conhecia essa saga das mulheres americanas para levarem cultura para o interior do país. Bem contada ficou por você. E que legal esse projeto da Freguesia. Também acho que o livro deve circular, eu sempre que posso dou o livro que já li para alguém. Dou, porque emprestar não volta mesmo…rsrs…
    beijos
    Adriana

  • Jussara querida,obrigada por dividir com a gente esta história linda das Senhoras dos livros, eu não sabia que nossas bibliotecas itinerantes haviam começado assim. Gostei muito deste trecho do livro, gostaria de lê-lo na íntegra.Moro em uma cidade privilegiada, temos uma Universidade com uma biblioteca maravilhosa.Acesso aos livros, todos têm, mas percebo cada vez mais o desinteresse pela leitura de muitas pessoas, inclusive dos meus alunos.Aprendi a gostar de ler com meu pai que aos 83 anos não passa um dia sem ler, nem que seja uma bula de remédio.Ele é o nosso exemplo!beijos.

  • Que legal, Jussara!
    Já ouviu falar de uma turma que "esquece" livros (também doados) em pontos de ônibus, bancos de praças, etc. Tem também um pessoal (acho que no nordeste) que tem um baú de livros que é levado de escolinha em escolinha (normalmente rurais).
    É incrível cada vez que um novo leitor é conquistado!
    Adorei a história!
    Um abraço!
    Egléa

  • Oi Jussara:
    Você me deu uma dica valiosa, pois eu desconhecia esse projeto Freguesia (e olha que eu moro em Curitiba, rsrsrsrs).
    Vou entrar em contato e doar alguns livros que eu tenho, assim quem sabe mais pessoas possam ter acesso ao fantástico mundo da literatura.
    Bom final de semana.
    Bjs.:
    Sil

  • Ju, minha querida amiga,

    Desculpe a minha ausência e atraso, o meu marido contraiu uma pneumonia e isso tem me deixado ausente até do meu próprio blog! Adorei a estória, achei-a comovente e inspiradora! Tenho a maior admiração pelas pessoas que trabalham para que mais pessoas tenham acesso aos livros. Na minha opinião os livros são os objetos mais valiosos do mundo, pois nos trazem novos universos, nos abrem novos horizontes, nos ensinam, nos divertem e nos comovem. Parabéns às senhoras da Freguesia do livro. Aqui em Brasília temos um açougueiro criou o projeto das bibliotecas nas paradas de ônibus (há seis anos). Nessas bibliotecas as pessoas podem apanhar "emprestado" os livros que desejarem. Este açougueiro é também um agitador cultural e no açougue dele já se apresentaram grandes artistas (de todas as áreas da cultura), muitos de renome, como Morais Moreira, Guilherme Arantes (entre muito outros).

    Um beijo, bom finzinho de semana e muito obrigada por ser minha amiga!

  • As mulheres ficavam em casa e eram elas que também usufruiam mais da leitura. Por isso as mulheres sempre foram mais "avançadas", mais mente abertas que os homens kkkkkkkkk Que não venha nenhum menino aqui ler isso! Conheci o Freguesia do livro através do blog da Luma, quando participei do BookCrossing Blogueiro. Não sei colocar link aqui, apenas colar e se quiserem conhecer. Acho que é em novembro a próxima ediçao
    http://luzdeluma.blogspot.com.br/search/label/Bookcrossing
    Muito legal essa história da mula ambulante. vou pesquisar, pois acho que alguém recentemente se inspirou nessa história e anda à cavalo entregando livros em fazendas.
    Parabéns pelo blog!

  • Lendo o seu post e o texto traduzido e adaptado, lembrei-me de minha mãe a contar histórias ao redor da lareira. Ela não era uma "senhora dos livros", mas uma "senhora das histórias", a maior parte delas da tradição oral. Talvez estas senhoras de Portugal, como a Ana (xará de minha mãe)estejam substituindo as antigas contadeiras de histórias. E o meu amor por histórias, leitura e livros, não tenho dúvidas, tem origem naquela vivência da minha infância. Salve! a todas as contadeiras de histórias e senhoras dos livros do passado, e às do presente. Salve! Jussara!

  • Um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito,
    porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza,
    a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós
    capacidade de recomeçar.
    Desejo a você, um final de semana cheio de amor e de alegrias.
    Afinal Deus nos a oportunidade de fazer novas amizades,
    ajudar mais pessoas,
    aprender e ensinar novas lições,
    vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
    Sorrir por novos motivos e chorar outros,
    porque amar o próximo é dar mais amparo,
    orar e agradecer .
    Fazer novas amizades é amadurecer um pouco mais
    e olhar a vida como uma dádiva de Deus.
    É ser grato, reconhecido,
    forte, é ter fé acima de tudo.
    Que o Senhor abençoe a você,
    no doce lar Lugar onde vive!
    Que você possa ver sua
    família crescer e progredir,
    e tenhas uma vida longa,
    com saúde , paz e eterna felicidade.
    Um Feliz Dia Do Amigo : Estou atrasada , mais Nunca esqueceria essa data.
    Tem um mimo
    na postagem fique a vontade para pegar.
    Um abençoado final de semana.
    Deus abençoe VOCÊ!
    Beijos da amiga sempre ,Evanir.

  • Oi Jussara que saudade daqui chegue bem num assunto que adoro, solidariedade, acho lindo seja qual for o tipo de solidariedade e em livros torna-se especial, pois tanta gente se torna seres humanos melhores por conta deles, se tão antigamente à cavalo ou guegue se fazia isso com tanta dedicação e tantas limitações da época fazer isso agora não pode ser impossível, mesmo que seja só uma breve contribuição, vou acessar os links que vc deixou aqui e me informar de uma maneira que eu possa ajudar, ao menos doando um livro já é alguma coisa né.
    Parabéns as praticante deste ato, muito bonito

    bjs

    Gélia Carvalho

    http://euquefizouquaseisso.blogspot.com.br/2013/07/sorteio-mococa_19.html

  • Não conhecia a "senhora do livro" e agradeço por compartilhar. E todos os projetos apresentados são interessantes e merecem ser divulgados pois contribuem para que o livro possa chegar a todos. Uma linda semana para você, com boas leituras e aprendizados.

  • Oi Jussara,
    Tudo bem?

    Um projeto muito bacana!
    Eu faço doação dos meus livros de tanto em tanto tempo.
    Como não tenho muito espaço para guardar e não vou deixá-los em caxias, doou para a uma biblioteca que o pessoal da Coleta Seletiva monta.
    Vou conhecer.
    bjs,ótima semana

  • Admirável a história do Projeto da biblioteca a cavalo e as primeiras bibliotecárias
    O projeto Freguesia e um exemplo a ser seguido,
    Eu costumo doar, seja livros novos ou usados.
    A leitura e uma riqueza que deve ser mantida e alimentada
    Bj zizi

  • Puxa! Viajei na estória, pegando carona com a senhora do livro, num lugar coberto de neve. Até visualizei a casinha pequena com lareira e todos tentando se aquecer.
    Precioso demais.
    Aqui perto de onde trabalho tem uma ONG chamada Reviver que logo na entrada mantém uma bancada com muitos livros e o esquema é o mesmo da Freguesia. Vc retira e se voltar, voltou… O legal é que está sempre cheio de livros e muitos vão passando. Até fizeram uma reportagem com o senhor que coordena o projeto.

    Como sempre digo, esse país tinha tudo pra ser uma potência, pois apesar de sermos tão massacrados pelo governo, o que não falta são pessoas solidárias dispostas sempre a dividir e compartilhar.

    Amei sua postagem.

    Abração e lindo dia gelado (não tanto quanto do Kentucky rs).

  • Oi Jussara
    Eu também viajei na estória… Felizmente ainda existe muita gente que tem essa preocupação nos dias de hoje. Quando me mudei para Itu doei muitos livros para um projeto organizado aqui na cidade – "Livro esquecido nas praças e pontos de ônibus".
    Parece que esta funcionando muito bem.
    Uma linda semana pra você e obrigada por compartilhar mais essa estória conosco.
    bjus
    yvone

  • Ju, que linda a história das Senhoras dos livros… muito emocionante!
    E os projetos nacionais também são muito interessantes…
    Aqui em casa lemos muito e Lorenzo já tem sua "biblioteca" iniciada e ama mesmo os seus livros!

    Beijo grande,
    Pri

  • Jussara

    Sempre que venho aqui sei que volto acrescida com mais uma das suas maravilhosas postagens. Quanta disponibilidade dessas senhoras que não mediam esforços para distribuir os livros, mesmo nos dias frios. Encantei-me com o seu relato e o trecho de Heather, Herson.
    Inspirada no BookCrossing que foram postadas por muitos blogueiros, esporadicamente pego um livro e deixo no banco do metrô.

    Até mais
    Um lindo início de semana.
    Bjs.

  • Francisco, o Espalhador de Livros
    http://youtu.be/E4r1Zu8zVjI

    Prezados Senhores
    Estou enviando o meu vídeo no YouTube que registra o cotidiano do nordestino Francisco Guedes da Silva, conhecido como “Hippão”, o espalhador de livros.
    Nascido na Paraíba em 1951, na bela e histórica cidade de Guarabira, veio para o Rio de Janeiro em 1964. Ele mantém um brechó a céu aberto no bairro de Botafogo, desde 1987. Lá se pode encontrar praticamente de tudo – ou quase tudo -, principalmente livros usados que recolhe nas casas, colégios e livrarias, impedindo assim sua destruição e esquecimento. E também LPs, CDs, VDLs, fitas de vídeo, cassetes, fotografias antigas, quadros, reproduções, aparelhos de som e imagem, máquinas de toda espécie, mobiliário etc.
    Pelo ponto do Francisco – esquina das ruas Voluntários da Pátria e Palmeiras – passam centenas de pessoas diariamente, que param para folhear, ler e comprar livros, às vezes, raridades. E também conversar – e muito, já que o guarabirense é simpático e bastante extrovertido.
    Durante dois anos fotografei a atividade de Francisco. Primeiro, de longe. Depois me aproximei, tornando-me amigo e cliente. Vários livros e discos foram adquiridos por mim então.
    Ferrenho defensor da natureza, garante que algumas árvores dos canteiros do lugar foram plantadas por ele, que as cuida com carinho, como a jaqueira e as palmeiras em que aparece ao lado, nas fotos.
    De mudança para outro local, autorizou que eu mostrasse o trabalho, cuja trilha sonora, a música de Handel (1685-1759), Sonata em Dó Maior, executada pelo DUO FOLIA, teve a autoria contestada em 1995 e atribuída ao compositor alemão Johann Mathias Leffloth. Mas isso já é outra história.
    Atenciosamente,
    Fernando Moura Peixoto

  • Prezada Jussara Neves
    Envio um trabalho bem humorado mostrando casais apaixonados clicados nas ruas de Botafogo, Copacabana e Laranjeiras, no Rio de Janeiro, entre 2012 e 2014. São muitas as demonstrações públicas de carinho e afeto, livres e espontâneas, sem falso puritanismo. Entremeadas com expressivas imagens – também captadas na urbe -, de flores, dizeres em grafites e cartazes, as fotos compõem um interessante mosaico romântico, em um flerte sensual com a contemporaneidade.
    Nosso poeta maior, Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987), mineiro de Itabira (a quem dedico o vídeo), disse, em “Declaração de Amor – Canção de Namorados” (livro de 27 poemas selecionados pelos netos Pedro Augusto e Luís Maurício) que o Dia dos Namorados para ele era todo dia: não havia dias determinados para se amar noite e dia.
    Já outro luminar de nossas letras, o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912 – 1980), pernambucano do Recife, afirmava que “todo amor é eterno; se o amor acabou é porque não era amor”.
    No Brasil o Dia dos Namorados é uma data comemorativa de caráter comercial. Historicamente sua origem remonta a frei Fernando de Bulhões (1191 – 1231), português nascido em Pádua, que enfatizava nas pregações religiosas o valor do amor e do casamento. Em virtude disso, Antônio de Lisboa (ou Antônio de Pádua), que viveu na virada da Idade Média em Lisboa, recebeu fama de ser um “santo casamenteiro” após sua canonização pela Igreja Católica.
    Véspera do Dia de Santo Antônio (“O Casamenteiro”), 13 de junho, escolheu-se o dia 12 para a habitual manifestação de troca de cartões, flores, presentes e lembranças entre os apaixonados. A ideia partiu do publicitário João Dória (1919 – 2000), um baiano de Salvador, da agência Standard Propaganda, em São Paulo, contratado em 1949 pela direção da loja “A Exposição Clipper” para criar alguma coisa que impulsionasse as vendas, sempre em queda durante o mês que precede as férias escolares de julho. O mote da campanha expressava a ideia de que nem só de beijos vivia o amor, ou que um verdadeiro amor não se provava apenas com beijos. O modismo iria pegar somente dez anos depois.
    Mas eu concordo plenamente com mestre Drummond: “O dia dos Namorados/ para mim é todo dia./ Não tenho dias marcados/ para te amar noite e dia. // O dia 12 de junho,/ como qualquer outro, diz/ (e disso dou testemunho)/ que contigo sou feliz.”
    Atenciosamente,
    FERNANDO MOURA PEIXOTO (ABI 0952-C)

    Enamorados de Drummond
    Meu vídeo: http://youtu.be/gf8KEU3q1as

  • Dear Jussara Neves

    An open second-hand store in the traditional district of Botafogo, South Zone of Rio de Janeiro, Brazil, created in 1987 by northeastern Francisco Guedes da Silva, better known as BIG HIPPIE (“Hippão”). The curious name Francisco received when he manually produced leather and rubber goods at the famous Craftsmanship&Arts Fair, during the 1960s and 1970s. Nicknamed "Hippie Fair", it happened on Sundays, at Praça General Osório, in Ipanema.
    Born in Paraíba’s state in January 1951, on the lovely Guarabira’s city, Francisco came to Rio de Janeiro in 1964. He married a woman from Pernambuco’s state and they had a couple of children born at Rio de Janeiro.
    In point of Francisco’s trade – the busy corner of Voluntários da Pátria and Palmeiras streets – you can find everything (or almost everything), especially used books that he collects in homes, schools and libraries, thus preventing its destruction and oblivion. Apart from LPs, CDs, VDLs, videotapes and cassettes, old photographs, paintings and reproductions, worn-out stereo sounds and televisions, all kind of spent machines, furniture etc..
    Every day there is a lot of people who stops to browse, buy and read books, sometimes rarities. And also chatter, since BIG HIPPIE is friendly, very outgoing, spontaneous and a great storyteller.
    For two years I photographed Francisco’s activity, recording his daily live. First by far. After I approached and becamed a friend and a client. Several books and records were purchased by me then. I admit I took advantage and got special discounts.
    Nature conservation is another concern of BIG HIPPIE, which ensures that some near trees in flowerbeds were planted by him. And he takes care of it with affection, such as jackfruit and palm trees that he made a point of posing beside, in the photos at the end of the video.
    Moving to another location, he authorized to exhibit my work, whose soundtrack, Handel’s music (1685-1759) Sonata in C Major for Viola da Gamba and Harpsichord Obligato, played by DUO FOLIA (David Chew , cello, and Nicolas de Souza Barros, arrangement and alt-guitar), had the disputed authorship in 1995 and assigned to the German composer and organist Johann Matthias Leffloth (1705-1731). But that’s another story, and it is for a further time.

    Sincerely Yours,
    FERNANDO MOURA PEIXOTO
    (Journalist ABI 0952-C)

    Francisco – The Books Spreader (New Version)
    My video: http://youtu.be/8NkAm7ef4Ls

  • Bom dia Jussara!. Que maravilhoso o trabalho das mulheres americanas. Aqui em Brasília, sempre encontramos livros disponíveis em algumas paradas de ônibus, e vejo que alguns aproveita para folheá-los enquanto aguardam e outros o levam para casa. Até apostilas de Concursos Públicos. Excelente post. Obrigada por compartilhar. bjs.

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