UMA PRECIOSA COLEÇÃO

UMA PRECIOSA COLEÇÃO
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Ouvi dizer certa vez que todo colecionador tem um tantinho de loucura… não duvidei, pois já diz o ditado que “de médico e louco todos temos um pouco”.  Mas como meu desejo de agregar objetos que amo não se restringiu apenas aos livros (coleção iniciada na primeira infância), mas se estendeu às canecas, miniaturas de porcelana, casinhas, bonequinhas que representam professoras, bonecas de papel, fotografias de decoração, corujas, galinhas, galos de Barcelos, ursos leitores… comecei a me preocupar.  Parti, então, para uma breve pesquisa e compartilho aqui o que descobri:
Nãooo… nem todo colecionador é louco! Colecionar é uma prática ancestral, pois já o homem primitivo colecionava objetos utilitários que o acompanhavam em seus deslocamentos. Com o tempo as coleções se estenderam aos objetos de uso religioso e aos evocativos, pois, como lembra Vera Regina Grecco, “as ações humanas não são aleatórias, têm significado, são regulamentadas, repetidas, aperfeiçoadas e revestidas de simbolismo que pode ser transferido a elementos palpáveis”.
É perfeitamente saudável, portanto, o colecionismo que se faz por hobby, prazer ou razões afetivas. Segundo a Profa. Dra. Albina, da UNESP/Botucatu “colecionar por gosto, por livre escolha, sem que isso atrapalhe os outros compromissos da vida diária, com certeza não é doença”.  “Quanto mais livre, agradável e produtivo um comportamento – diz a doutora – menores as chances de ele ser compulsivo ou doentio”. Por outro lado, quando a prática de colecionar objetos nasce da incapacidade de se decidir entre jogar fora ou acumular, da incerteza, insegurança ou medo de que o tal objeto possa fazer falta no futuro, então colecionar deixa de ser um prazer e se converte em perda da liberdade de optar, de agir conforme o próprio desejo, de tal modo que se torna motivo de sofrimento e atrapalha a vida. Aí, sim, colecionar é uma doença.
Regina Wielenska diz que há quem acumule descontrolada e desordenadamente coisas como “comprovantes bancários de décadas, notas fiscais jurássicas (…) roupas imprestáveis, latas, potes de vidro, pedaços de barbante, jornais velhos”. Nestes casos, a casa pode se tornar um grande depósito de quinquilharias, difícil de limpar e de andar, o que se torna motivo de conflitos familiares.
Há tratamento para os casos mais graves, mas o portador da doença deve entender que vale a pena procurar ajuda a fim de recuperar sua liberdade de escolha e melhorar sua qualidade de vida.
Fiquei feliz com o resultado da pesquisa que legitima as minhas pequenas coleções nascidas do prazer que me dão, cada uma a ocupar seu lugar determinado, sem espalhar-se para fora dos limites já que não suporto bagunça e gosto de tudo muito organizado.
Uma vez que as coleções não implicam necessariamente na loucura do colecionador – como me foi dado a entender no passado – reparto com você uma coleção linda, verdadeiramente preciosa, que, infelizmente, não é minha, nem sei a quem pertence. Recebi as imagens hoje, por e-mail, de uma ex-aluna, Mirella. Não havia, lamentavelmente, nenhum crédito atribuído a quem quer que fosse, colecionador ou organizador da mostra. Vale a pena, no entanto, admirar:
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Não é mesmo uma preciosidade essa coleção?
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Beijo&Carinho,
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As citações que fiz no texto não vêm acompanhadas de links, pois ao atualizar este post (30/01/22) descobri que, infelizmente, eles não mais localizam as páginas que utilizei no momento da publicação.
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