O BÁLSAMO DE GILEADE

O BÁLSAMO DE GILEADE

 

Ontem, antes de adormecer, pedi a Deus que aplicasse em meu rosto o precioso bálsamo de Gileade. Uma alergia a algum cosmético ou a algum medicamento deixou-me a pele avermelhada, áspera, cheia de espinhas, o que nem na adolescência eu tive. Foi desesperador.

Acordei com o rosto mais claro e com uma bela canção nos lábios: “Há um bálsamo em Gileade/ Há unção em Gileade/Vem sobre mim para curar/Vem sobre a Filha de Sião/Há um médico em Gileade/Há remédio em Gileade/Vem sobre mim para curar…”. Amo esta canção! Letra e melodia agradam meu coração! Se você quiser conhecer, clique aqui.

Hoje, ao pensar sobre o que escreveria aqui, senti vontade de falar sobre esse bálsamo que, no tempo dos patriarcas bíblicos, milênios antes de Cristo, era tão precioso a ponto de valer duas vezes o seu peso em ouro.

Gileade era um território montanhoso, ao oriente do rio Jordão, rico em florestas e em pastagens onde se produziam especiarias e gomas aromáticas. O bálsamo de Gileade era a seiva de uma árvore que crescia nessa região: uma substância branca, viscosa, de grande valor para a cura das inflamações, razão para que outras regiões o importassem.

 

 

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Em época próxima ao nascimento de Cristo, o arbusto do bálsamo crescia por toda parte no vale do Jordão. No entanto, apesar dos esforços empreendidos pelos romanos para proteger e cultivar as plantações do bálsamo, estas acabaram desaparecendo completamente após a época das Cruzadas.

 

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No tempo, porém, em que Jeremias indaga se acaso não havia bálsamo em Gileade, ou se lá não havia médico, a cultura do bálsamo estava em plena atividade e o profeta sabia disso muito bem. Dolorido por ver Jerusalém sitiada, assolada por causa do seu pecado, Jeremias evoca as rampas de Gileade e o poderoso unguento dali extraído, como se dele precisasse para aplicar sobre as feridas do povo, sobre as chagas abertas pelo pecado.

“Acaso não há…?”. A pergunta do profeta é apenas retórica, pois traz em si uma resposta afirmativa. Jeremias escreveu com lágrimas, avisando que a nação de Judá iria ser destruída pela Babilônia, mas, caso se arrependesse, Deus a salvaria. Neste caso, o arrependimento seria, numa terra conhecida pelo seu bálsamo, o precioso unguento da cura.

 

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Hoje, as colinas de Gileade – que agora tem outro nome – estão vazias dos arbustos do bálsamo e não há mais como exportá-lo para as nações assoladas por chagas físicas ou espirituais que continuam a existir. Para nosso consolo, porém, e para nossa alegria, temos Jesus ao alcance da nossa fé: Ele é o Médico de Gileade e seu precioso sangue, se aplicado como unguento em nossos corações, restaura-os e restaura nossas vidas, curando-nos de enfermidades físicas e de feridas morais e espirituais provocadas pelo pecado.

Há, sim, ainda, bálsamo mais que precioso em Gileade.

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Beijo&Carinho,

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Para saber mais, leia na sua Bíblia: Gênesis 37:25 e 43: 11; Números 32:1 e Jeremias 8: 22 e 46:11

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Atualização:
Este texto foi publicado em 2012. Em 2016 circularam notícias de que Israel voltou a produzir o famoso bálsamo bíblico. Leia aqui e aqui.
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