MONTANHAS SAÍDAS DE UM PINCEL

MONTANHAS SAÍDAS DE UM PINCEL
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Eu amo montanhas! Repito-me, mas avisei que voltaria ao tema, desta vez para apresentá-las sob a forma das pinceladas de um artista que descobri recentemente, mas que já me encanta pelo olhar com que percorre a paisagem e pelas tonalidades que usa – a sugerir as diferentes plantações que se esgueiram pelas encostas formando uma gigantesca colcha de retalhos estendida sobre a terra. Não é essa mesma a impressão que se tem ao viajar por estradas ladeadas de montanhas?
Ao capturar as cores das montanhas e transformá-las nessa colcha artesanal, Theo Amaral revela a profundidade do horizonte que divisa, sua amplidão e suas possibilidades. Simultaneamente, traz para perto do expectador da sua arte os segredos escondidos nos grotões e a sugestão de nascentes, num jogo de perto/longe, alto e baixo, que tem tudo a ver com o simbolismo múltiplo da montanha.
Segundo Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (Dicionário de Símbolos, RJ, José Olympio, 1995, p. 616), tal simbolismo prende-se à altura e ao centro. Na medida em que ela é alta, vertical, elevada, próxima do céu, participa do simbolismo da transcendência; na medida em que se fixa na terra, exprime noções de estabilidade e imutabilidade, tornando-se símbolo do local de encontro da terra e do céu, morada dos deuses e objetivo da ascensão humana.
Se o “horizonte é vasto”, diz Theo Amaral, artista plástico mineiro, “em contrapartida tem-se a impressão de que tudo não passa de uma grande tela” a fundir a noção do distante (“a perder de vista”) e do “tão próximo, a arrebatar o olhar”.
Por acreditar como Guimarães Rosa (outro mineiro) que “Minas são muitas”, Theo Amaral se lança na aventura de criar uma série de 21 pinturas que “reverenciam as montanhas de Minas, suas nuances, desdobramentos, volumes…”. Diz o artista:
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Pinturas abrigam o encanto do artifício, imagens desdobradas, repetidas, trazendo-nos o equívoco do princípio e do fim. Essa poética permite sustentar estes espaços, “cenários-miragens”, instigando o espectador a apronfundar-se mais frente à vastidão que cerceia estas paragens. O olhar percorre a paisagem e as imagens deslocam-se para o interior das telas… O poético destas imagens imerge da consciência como um produto direto da alma; de um homem tomado em sua totalidade e em sua imensa pequenez perante o mundo. 

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Para nos encantar os olhos, Theo Amaral cedeu-me 3 de suas telas da série “Montanhas de Minas”. Reproduzo-as abaixo num convite a você, leitor(a), para visitar o portfólio do artista em seu blog:
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Paisagem II
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Paisagem VII
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Paisagem IX
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Não é lindo o trabalho do Theo? Montanhas não são tudo de bom?
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Beijo&Carinho,
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